CAPA DO MÊS:
WAGNER AZAMBUJA
aPRESENTA A COLEÇÃO DE PERFUMES FUNCIONAIS DA QUINARÍ
por: SÉRGIO OLIVER

A perfumaria botânica natural vem crescendo muito em nosso país, e os perfumes funcionais têm sido cada vez mais procurados pelos consumidores de produtos que promovem uma experiência sensorial, de saúde e bem-estar. A QUINARÍ é uma empresa que trabalha no segmento de óleos essenciais e lançou uma coleção de quatro fragrâncias funcionais que já é um sucesso de vendas. Nesse bate-papo, Wagner Azambuja nos conta tudo sobre o desenvolvimento e a criação dessa linha tão especial.

Por que você decidiu lançar em seu portfólio perfumes funcionais?
Minha família trabalha com óleos essenciais e outros produtos naturais há mais de 40 anos. Entretanto, foi só em meados de 2017 que decidi ter uma coleção de perfumes botânicos. Este insight inicial veio através da conversa com uma amiga que estudava perfumaria na França e que me contou que a perfumaria natural estava em ascensão por lá. Em paralelo, o mercado de aromaterapia estava começando a se aquecer no Brasil e, dessa maneira, alguns de nossos clientes (de óleos essenciais e vegetais) já nos questionavam sobre a existência desse tipo de produto na QUINARÍ. Recebíamos, com certa frequência, perguntas como “Vocês não têm perfumes naturais?”. Então, decidi arriscar. Na sequência, fui em busca de alguém com experiência em perfumaria natural que pudesse criar 4 fragrâncias para nós, ocasião na qual conheci a Ane Walsh. A Ane topou o desafio e, após alguns meses de muito trabalho, com testes e ajustes, lançamos a coleção em 2019. Foi emocionante! Para mim, foi mais um sonho realizado! Em 2024, a coleção completa 5 anos de existência, e sou extremamente grato por tudo o que ela proporcionou a QUINARÍ!

Poderia explicar para o nosso leitor o que é um perfume funcional?
Os perfumes botânicos da QUINARÍ são fabricados somente com matérias-primas vegetais, como óleos essenciais, absolutos e resinóides. Eles não contêm, portanto, produtos de origem sintética ou animal. Como quase 100% dessas matérias-primas produzem respostas biológicas quando em contato com o nosso organismo, seja por inalação ou aplicação tópica, diz-se que são funcionais. O óleo essencial de lavanda, por exemplo, além de atuar como cicatrizante, antisséptico e anti-inflamatório, age no sistema nervoso central modulando os níveis de serotonina, um neurotransmissor que está diretamente relacionado com as sensações de prazer e bem-estar. Então, um perfume que contém esse óleo, desde que puro e natural, é realmente capaz de deixar o usuário mais feliz e relaxado. O mesmo raciocínio vale para os outros insumos, cada qual com suas propriedades.
A perfumista botânica Ane Walsh assina a criação das quatro fragrâncias que compõem a sua coleção. Como foi a experiência dessa parceria?
Em primeiro lugar, a Ane é uma pessoa de muita luz, acolhedora e repleta de energia positiva. Assim sendo, nossa relação foi ótima desde o início. Além disso, ela é uma perfumista botânica experiente e dedicada, que vivencia o “natural” em seu dia a dia. Respira, respeita e pulsa natureza. Então, mediante essa expertise, o resultado não poderia ser diferente: 4 perfumes botânicos exclusivos, vibrantes e encantadores.

Como foi o processo de escolha dos nomes dos perfumes e seus significados?
Para escolher o nome do meu filho, Giovanni, eu e minha esposa demoramos quase os 9 de gestação. Tenho certa dificuldade em “dar nomes”, por isso, no momento de nomear os perfumes foi um desafio. Um desafio empolgante, digamos. Busquei por nomes curtos, de fácil memorização e que, de alguma maneira, representassem a essência de cada uma das fragrâncias. O nome do perfume ÍRIS, por exemplo, está relacionado com a sua fragrância mais floral, leve e colorida, remetendo ao arco-íris.
Qual o público-alvo dessas fragrâncias?
Por se tratar de uma coleção de perfumes botânicos, o público-alvo são pessoas que tem um estilo de vida mais natural e, por consequência, buscam por produtos sem químicos sintéticos e constituintes de origem animal. Atualmente, os veganos são os maiores consumidores dos perfumes da QUINARÍ.

Poderia descrever para nossos leitores cada um de seus perfumes?
Para os homens, temos ZION e COSMOS. ZION, na Bíblia, significa algo como “Terra Prometida”. Por isso, ele foi inspirado na “terra”, ou, no local sagrado que traz segurança. Foi elaborado para homens que buscam por produtos que transmitem firmeza, retidão e notabilidade. Ao borrifá-lo, as notas que prevalecem são as de madeira, cedro, mirra e terra – cuja combinação, certamente, “tonifica” a autoestima masculina. COSMOS já é mais fresco, suave e, portanto, mais adequado para o uso diário – principalmente em ambientes compartilhados, como no trabalho. A palavra COSMOS deriva do termo grego “kosmos” e significa “bem ordenado”, “o universo em seu conjunto”, o que explica a combinação perfeita dos óleos que integram a sua composição. É fresco e suave, todavia, após algum tempo na pele, revela o seu potencial sublime e profundo.

Para as mulheres, temos ÍRIS e GAIA. ÍRIS, na Grécia Antiga, era a deusa mensageira responsável pela manifestação do arco-íris no céu. Por essa razão, ÍRIS é um perfume mais colorido, leve e floral, ideal para ser utilizado no dia a dia. É recomendado para mulheres que buscam por leveza, que são autênticas e contagiantes. GAIA, por outro lado, é noturno, envolvente e sedutor. Ao borrifá-lo, as notas que predominam são as de um “mix” de especiarias. É quente e sensual. Certamente, o perfume perfeito para ocasiões noturnas, como um jantar ou encontro.

Quais os benefícios de se usar um perfume funcional?
Primeiramente, os perfumes botânicos funcionais da QUINARÍ não só nasceram como também são produzidos em um sistema quase artesanal. São como bons vinhos. Cada lote é fabricado com muito amor e carinho, em um processo que envolve até mesmo a agricultura familiar, com o fornecimento de alguns óleos exclusivos. Esse “modelo” está em perfeita congruência com o que ocorre na Europa, local onde se observa uma busca, cada vez maior, por produtos de nicho, mais ecológicos e com propósitos maiores. Integrando esse paradigma, como já exposto, são perfumes que não contêm matérias-primas de origem sintética e animal, o que, mais que “ecologicamente corretos”, levantam uma bandeira de conscientização e respeito. Além disso, claro, são funcionais, ou seja, são perfumes capazes de produzir respostas biológicas ao entrarem em contato com o nosso organismo, com alterações no físico e no estado emocional do consumidor.
DEPOIMENTO ANE WALSH
(Crédito foto Léo Barreto)

“Para mim, foi com surpresa e prazer que recebi o pedido de quatro perfumes do Wagner Azambuja para compor a linha de perfumes Quinarí.
Durante a formação de perfumista na Natural Perfume Academy, aprendemos a compor com brieffing, o que envolve muitas informações, como o tema do perfume, o público-alvo, o orçamento, as limitações de ingredientes a serem usados, o gênero, o horário, o estilo e outros detalhes. Dentro desse cenário, compete ao perfumista criar o melhor perfume que caiba nessa régua.
O primeiro que montei foi Zion. Fiz um perfume com as características do brief, mas acrescentei o charme do couro, por ser um noturno masculino. Fiz de uma vez, e já deu certo.
O segundo que montei foi Íris. Que trabalho me deu! Montei 6 receitas. Mas a fórmula resultante é muito agradável e fresca.
Compus Cosmos com a alma alegre, já pensando que seria o perfume para um homem jovial e amante da Natureza. Ele imprime a segurança do passo firme e o frescor das cachoeiras.
Gaia é a Natureza noturna despertada com sensualidade e calor. Toques picantes de canela fazem de Gaia a criação mais atraente e sedutora.
E os perfumes foram testados e elaborados com os óleos da Quinarí, que são de excelente qualidade.
Fico muito grata com o sucesso desta coleção, que além da sensação de bem-estar, oferece uma perfumação muito agradável e elegante, com preços acessíveis. E fico agradecida à Quinarí, na pessoa do Wagner, e a você, querido Serginho, que sempre me prestigia com seu carinho.
Obrigada.”
Ane
Fotos: Eduardo Abud Limas
Publisher e Diretor Criativo: Sérgio Oliver
Supervisão de texto: André Terto
Arte gráfica e diagramação: Danni Chris
