CAPA DO MÊS:
JAIME DRUMMOND 
Movido pela Paixão
por: Sergio Oliver

A Mahogany nasceu em 1991 e, com o passar dos anos, a marca foi crescendo e conquistando cada vez mais o coração dos brasileiros com produtos sofisticados e de altíssima qualidade.

Ao completar 30 anos em 2021, e com muitos prêmios importantes conquistados ao longo dessas três décadas, a Mahogany sobe mais um pilar em seu segmento lançando sua primeira linha de perfumaria de nicho.

A Revista Olfato teve a honra e o privilégio de entrevistar o fundador da marca Jaime Drummond, que conta tudo sobre a criação da Mahogany e dessa nova fase da marca com um lançamento mais do que estratégico.

Como nasceu a Mahogany? Em que momento da sua vida você resolveu criar a marca e o que o motivou a isso?

A Mahogany nasceu em 1991, e, nessa época, vínhamos de longos anos com as importações restritas no Brasil, um país carente de sofisticação. Com a abertura do mercado, nós enxergamos uma lacuna e decidimos investir em uma linha premium de cosméticos para que as pessoas pudessem ter o prazer de utilizar bons produtos. Entendemos que esses poderiam ser oferecidos em lojas de departamento e perfumarias mais sofisticadas, e houve uma grande aceitação do público brasileiro. Permanecemos nesse canal até 1998, quando as principais redes departamentais fecharam.

Para matar a curiosidade de nossos leitores, qual o significado do nome Mahogany?

Mahogany, em inglês, significa mogno. O mogno é uma árvore nobre, originariamente brasileira e considerada uma das mais perfeitas do mundo. Por muitos anos, sua madeira foi utilizada para a fabricação de móveis e artigos de luxo na Europa, sendo uma chancela de qualidade e sofisticação. Sua excelência se dá por possuir raízes profundas, ostentar tronco reto e sem falhas, além de atingir grandes alturas quando está sob luz intensa. A escolha de nosso nome é uma analogia às qualidades dessa árvore esplendorosa.

Você participa de todos os processos de desenvolvimento dos produtos, desde a criação até o produto final?

A Mahogany dispõe de uma equipe especializada em desenvolvimento de produtos, que analisa com diversos critérios as oportunidades de mercado para que tenha a maior eficiência possível em seus movimentos. Eu acompanho o passo-a-passo da criação de cada projeto e todos seguimos este lema: “Se não pudermos oferecer o melhor por aquele valor que o consumidor pode pagar, não fabricamos”.

A Mahogany lançou algum perfume logo no início de suas atividades?

Na verdade, a Mahogany começou com perfumaria. Já em 1991, lançamos 3 essências: Green Note, Cedar Wood e Spring Scent. Essas primeiras criações marcaram a chegada da marca com propostas sofisticadas, algo até então inédito na indústria cosmética brasileira. Embalagens premium e grande concentração de óleos essenciais foram preponderantes para que conseguíssemos transmitir excelentes sensações aos nossos consumidores. Ainda no mesmo ano, lançamos sabonete líquido, hidratante e óleo para banho, todos com uma proposta de alto valor percebido e que alavancaram de vez o conhecimento da marca. Em 2015, quando já estávamos no canal de franquias, um grande trabalho de portfólio foi realizado, empenhando um considerável investimento no desenvolvimento de fragrâncias. Com isso, o elenco cresceu e essa categoria ficou melhor percebida. Desde lá, temos um olhar dedicado para esta frente que só cresce em nossa rede e nos auxilia a expressar os principais atributos da Mahogany.

A Mahogany ganhou vários prêmios , seja de melhor fragrância, embalagem ou pela qualidade de seus produtos. Fale-nos um pouco sobre a importância deles e quais foram os perfumes ganhadores?

Fazemos tudo com muita dedicação para criar momentos mágicos para nossos consumidores. Tenho a felicidade de ler em nosso SAC relatos de pessoas que são fiéis à Mahogany desde 1991, quando oferecíamos nossos produtos na Mesbla e no Mappin e isso é o maior reconhecimento para nós. Porém, a opinião do mercado também é muito importante e, por isso, nos inscrevemos em prêmios do setor. Desde a nossa fundação, ganhamos dezenas, o que nos alegra imensamente, uma vez que são avaliações de profissionais abalizados, chancelando a qualidade da marca. Aqui destaco dois: Prêmio ABIHPEC Beleza Brasil – O Perfumista pela Fragrância Make me Fever Gold (perfumista Roland Theil) e o Troféu Aparício Basílio da Silva – Criação Perfumística Latino-Americana Masculina pela Fragrância Américas (perfumista Fanny Grau).

Antes da Mahogany, você também trabalhou em outra empresa do mesmo segmento? Poderia contar um pouco sobre essa fase para os nossos leitores?

Eu fui sócio, durante 10 anos, da empresa de cosméticos Julie & Joy. Era uma empresa de produtos mass market e que tinha grande relevância no Brasil. Na época, éramos o 2º colocado em vendas de protetor solar, 5º em desodorante e 6º em fragrâncias (Fonte: SIPATESP).

A Mahogany tem feito muito sucesso no segmento porta a porta. Como está sendo esse novo modelo de vendas?

Esse é um canal novo para nós. O trabalho é basicamente feito através de nossos franqueados, que atuam junto aos consultores independentes. Progressivamente, estamos ganhando notoriedade, uma vez que quem trabalha com Mahogany tem a oportunidade de levar uma marca com proposta diferenciada para locais até então inéditos. Com isso, gera-se curiosidade e o desejo de se experimentar o novo.

A marca também trabalha com outros canais de vendas? Quais são?

A atuação da Mahogany é omnichannel. Desejamos atender nossos consumidores através dos canais que lhes forem mais convenientes. Por isso, oferecemos nossos produtos através de franquias, venda direta, e-commerce e pontos especiais do varejo (lojas multimarcas que possuem um espaço exclusivo da marca).

Estamos vivendo um momento muito difícil no mundo com a pandemia. Qual é o diferencial da Mahogany para enfrentar essa crise?

Nós entendemos que a pandemia afetou muito mais o varejo. Já os canais de venda direta e online apresentaram crescimento em nosso negócio devido à facilidade de atendimento para o cliente. A Mahogany tende a superar as dificuldades, pois cada vez mais é reconhecida como uma marca premium, que supera as expectativas dos seus clientes através de produtos diferenciados e sofisticados com um preço justo.

A Mahogany, em 2021, completa 30 anos. Como se sente ao ver sua empresa chegar até aqui e ser uma das marcas mais queridas pelos brasileiros?

É uma grande satisfação. Como sempre digo, ver o cliente satisfeito é o nosso maior reconhecimento: fazemos isso todos os dias desde 1991. O Brasil não tem um ambiente propício para empreender, mas somos apaixonados pelo que fazemos e vamos trabalhar duro para continuar a surpreender cada um de nossos fãs. Também queremos contar essa história para outras pessoas que desejam o melhor e ainda não conhecem a Mahogany.

A Mahogany lançou, neste mês, uma linha de perfumes de nicho. Como surgiu essa ideia e por quê?

A perfumaria de nicho é uma grande expressão de qualidade, criatividade e sofisticação: esses pilares são fundamentais e cada vez mais percebidos também em nossa marca. A Mahogany está caminhando para ser uma rede que oferece produtos premium e que proporcionam sensações únicas. Quem busca por um perfume de nicho deseja algo exclusivo, e essa busca é uma tendência mundial que vai desembarcar no Brasil com força. Nós já estamos nos adiantando com esse movimento a partir do lançamento de Experience.

A linha de Perfumes de Nicho é composta por 6 fragrâncias. Como elas são? Conte-nos um pouco sobre o desenvolvimento dos perfumes.

O grande diferencial foi a liberdade criativa conferida aos perfumistas das melhores casas de fragrâncias. Diferentemente de um lançamento tradicional, buscamos entender com esses profissionais quais eram as combinações de matérias-primas que poderiam proporcionar os resultados mais inéditos e que surpreendessem positivamente nosso público. Não queríamos absolutamente nada parecido com o que já havíamos lançado e, ouso dizer, que conseguimos. Como a Mahogany é uma marca universal, que atende aos diferentes gostos, disponibilizamos 6 caminhos olfativos diferentes, desde um cítrico, passando pelos florais, frutais e amadeirados. Todos com uma assinatura própria e envasados com uma sofisticação minimalista.

Como você vê o futuro das marcas pós-pandemia?

Eu acredito que depois da pandemia, o consumidor irá valorizar mais os momentos e seu dinheiro, então ele vai escolher melhor tanto o produto quanto o meio de comprar. Somente marcas com posicionamento claro e consolidado irão sobreviver nesse novo cenário. Também entendo que haverá ainda mais crescimento nas vendas online e as lojas físicas terão que se remodelar a fim de serem pontos de experiências e relacionamento para continuarem relevantes para seus clientes.

Já estamos no segundo semestre do ano. Depois desse lançamento lindo da perfumaria de nicho, o que podemos esperar de novidades para este final de ano? Focaremos cada vez mais na diferenciação e na inovação, trazendo lançamentos relevantes dentro do segmento de higiene pessoal.

Fotos Jaime Drumond: Victor Neco Fotografia
Beleza: Lorena Colares
Fotos perfumes e produtos: Divulgação Mahogany
Entrevista: Sergio Oliver – Publisher e Diretor Criativo
Supervisão de texto: André Terto
Arte gráfica e diagramação: Danni Chris